Ponde-vos nos caminhos, e vede, e
PERGUNTAI PELAS VEREDAS ANTIGAS
,
qual é o bom caminho, e andai por ele;
e achareis descanso para as vossas almas.
(Jeremias 6:16)

sábado, 30 de outubro de 2010

Conselho Tutelar: a promoção estatal da subversão social.

Entrevista com Júlio Severo
Fonte: http://juliosevero.blogspot.com/2009/10/entrevista-de-julio-severo-sobre.html

PERGUNTA: Você considera importante a participação de evangélicos no Conselho Tutelar (CT)? Por que?

Julio Severo responde: Apoio totalmente a presença de homens e mulheres de Deus nesses lugares. O Império Babilônico era um governo ímpio, mas Daniel estava lá para fazer diferença e dar testemunho da justiça de Deus. Nada mais justo do que haver luz brilhando nos conselhos tutelares.

Cristãos que trabalham nos conselhos tutelares podem agir para manifestar a justiça de Deus e frustrar as injustiças dos homens. Em casos em que o ECA determina a injustiça dos homens, o conselheiro tutelar cristão poderá aplicar o padrão da justiça de Deus.

O dever do Estado é castigar os maus. Aliás, esse é o único chamado que Deus lhe deu. Quando o Estado ultrapassa esses limites, é deve prioritário dos cristãos ajudar a restaurar o Estado às suas obrigações e responsabilidades, trabalhando ativamente para frustrar as distorções e injustiças de um Estado mal-intencionado e trabalhando ativamente para proteger famílias inocentes apanhadas na rede de leis politicamente corretas.

O Estado não tem nenhum chamado para perseguir, oprimir, aterrorizar ou ameaçar os inocentes. Além disso, o Estado jamais está acima da justiça de Deus. Por isso, os cristãos que trabalham no Estado devem atuar para corrigir toda atitude hostil estatal contra os inocentes.

A obrigação do cristão genuíno é expandir o Reino de Deus e sua justiça aqui na terra. O Estado e suas leis de forma alguma devem ficar isentos dessa expansão, pois um Estado sem justiça verdadeira torna-se em pouco ou muito tempo tirania.

Na Alemanha nazista, a maioria absoluta dos cristãos que trabalhavam para o Estado só fazia as vontades estatais, mas um número muito pequeno de cristãos genuínos aproveitava suas funções para salvar judeus e outros inocentes, falsificando documentos, providenciando refúgio para os inocentes, etc. Eles pagavam um alto preço por obedecer as leis de Deus.

Com o Estado hoje cada vez mais assumindo um papel a favor de leis pervertidas, a presença cristã genuína nos CTs e outros órgãos estatais é imprescindível. Por exemplo, se o Estado legalizar a adoção de crianças por homossexuais, a presença de cristãos nos CTs será vital para frustrar tal injustiça estatal. Mesmo agora, os cristãos podem ajudar a refrear muitos outros abusos motivados exclusivamente por leis injustas ou patentemente fora da competência moral do Estado.

Até quando cristãos interpretam o ECA e outras leis levando em conta os melhores interesses das crianças, o Estado mal-intencionado dá um jeito de burlar a proteção e o valor das crianças. Num caso em Pernambuco no começo de 2009, conselheiros tutelares católicos lidaram corretamente com o caso de uma menina de 9 anos estuprada pelo padrasto. O homem abusador foi encaminhado às autoridades policiais e a menina, grávida de gêmeos, foi encaminhada para assistência médica, porém autoridades governamentais pró-aborto conseguiram passar por cima dos conselheiros tutelares e assumir o total controle da situação, levando a menina ao aborto, violando o direito do pai natural [da menina], que não queria o aborto, e dizendo estar atendendo aos desejos da mãe, que havia sido omissa durante os abusos do padrasto da menina.

Apesar de que os conselheiros tutelares católicos levaram em consideração os melhores interesses das três crianças (a menina e seus filhos gêmeos em gestação), o Estado impôs sua injustiça mortífera, rejeitando o pai natural e usando a permissão da mãe omissa. Confira mais informações aqui: http://juliosevero.blogspot.com/2009/04/o-caso-dos-bebes-gemeos-abortados-em.html

É um caso triste em que conselheiros tutelares decidiram em favor da vida, mas o Estado decidiu em favor do aborto, morte e destruição, violando todo tipo de legalidade e moralidade. Assim, mesmo quando conselheiros tutelares defendem a vida das crianças, o Estado leva em consideração apenas seus próprios interesses ideológicos.

Se os cristãos saírem dos CTs, a injustiça prevalecerá e muitos inocentes sofrerão. Portanto, meu recado para os cristãos em CTs é: “Deixem Deus usá-los aí!”

PERGUNTA: Por que você acha que certas medidas tomadas pelo CT desempenham papel de desarticuladores do lar?

Julio Severo responde: O papel dos CTs (Conselhos Tutelares) é essencialmente implementar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O ECA foi criado e assinado pelo corrupto Collor em 1990, logo depois que o Brasil assinou a Convenção dos Direitos da Criança (CDC) da ONU. Portanto, o ECA não foi criado para atender aos interesses das crianças, mas satisfazer o compromisso e lealdade do governo brasileiro aos interesses e objetivos da ONU.

Assim, a missão dos CTs é, conscientemente ou não, cumprir um projeto de controle sobre as famílias, um projeto que nasceu das entranhas da ONU, que representa a Nova Ordem Mundial.

As principais conseqüências são que o ECA estabelece a autoridade do Estado como suprema nas relações familiares e impõe a impunidade para a desobediência e os crimes cometidos por indivíduos menores de idade.

A primeira instituição humana que Deus criou não foi a igreja e muito menos o Estado. Foi a família.

Deus entregou nas mãos dos pais todas as decisões de educação e saúde envolvendo seus filhos. O único papel que Deus entregou ao Estado é punir criminosos, não ser árbitro, julgador ou penalizador de questões familiares. Os CTs são fundamentalmente órgãos de interferência estatal nas relações familiares. Assim, vemos um Estado que fracassa o tempo inteiro em sua responsabilidade mais fundamental de castigar os criminosos, mas quer agora impor interferências políticas e ideológicas nas questões familiares.

PERGUNTA: Você se opõe ao CT que visa punir pais que maltratam os filhos. Sim, a Bíblia respalda o uso da vara da correção, mas também alerta os pais de não provocarem a ira em seus filhos. Você não acha que deve haver um meio termo nesta questão e que de certa forma o CT coíbe sim, práticas criminosas?

Julio Severo responde: Não me oponho, de forma alguma, ao direito de o Estado castigar tanto pais quanto filhos criminosos. Pais que torturam e matam devem ser rigorosamente punidos. Filhos que torturam e matam também devem ser rigorosamente punidos — na mesmíssima medida. O que vejo é um total desequilíbrio estatal. O mesmo Estado que quer igualar disciplina física com violência, transformando efetivamente pais disciplinadores em criminosos, é também o Estado que não dá prisão perpétua — e muito menos pena capital — a um adolescente de 16 ou 17 anos que torturou e matou várias pessoas. Pelo contrário, tal adolescente é privilegiado com total impunidade. Nem cadeia ele ganha. Os exemplos de adolescentes sádicos a solta pela sociedade são poucos?

Contudo, esse mesmo Estado luta febrilmente para impor a pena capital do aborto em bebês em gestação. Assim, na mentalidade doente desse Estado, crianças indefesas, que nunca cometeram crimes, podem ser punidas com morte e não podem ser protegida nem pelo ECA mal-intencionado nem pela Constituição. Contudo, adolescentes estupradores, torturadores e assassinos não podem receber a mesma pena.

Se o CT tivesse uma função responsável e digna, sua luta seria evidente contra toda medida estatal para destruir a autoridade dos pais. Os CTs também lutariam contra o governo federal em suas políticas para promover o aborto, o homossexualismo nas escolas e a adoção de crianças por “casais” gays. Os CTs lutariam para que criminosos — sejam pais ou seus filhos — fossem duramente castigados, sem nenhuma concessão de privilégios e impunidade. Os CTs interviriam contra as aulas de educação sexual pornográfica nas escolas, contra a programação pornográfica dos canais de TV, etc. Os CTs lutariam contra toda medida estatal de favorecimento à promiscuidade sexual, pois 70% dos delinqüentes juvenis são filhos de mães solteiras.

Entretanto, a verdade é que o ECA não foi criado para esses nobres objetivos. É por isso que os CTs não podem seguir esses objetivos.

Pais que educam os filhos em casa não são criminosos. Mesmo assim, os CTs os maltratam e cometem todo tipo de abusos e crimes contra eles. Pais que disciplinam os filhos fisicamente com amor sofrem os mesmos maus-tratos dos CTs.

Em passado recente, os pais davam espancamentos tão pesados (com pedaços de pau, etc.) que os filhos castigados ficavam de cama vários dias. Esses espancamentos violentos deixavam os filhos ensangüentados e com machucados feios por todo o corpo. Um pai, por exemplo, deu tal tipo de espancamento num filho adolescente que havia roubado uma bicicleta. Eu não aprovo de forma alguma esse tipo de coisa, porém conversando com famílias que tinham tal experiência vi duas coisas: mesmo recebendo espancamentos violentos e exagerados, os filhos não se tornaram adultos violentos nem criminosos. Se existissem CTs na época desses pais, eles iriam sem dúvida alguma para a cadeia.

Hoje esse tipo de surra exagerada dos pais não é comum. Pelo contrário, estamos em plena era dos CTs e igualmente em plena era de menores criminosos, torturadores e estupradores. Provavelmente, nunca na história do Brasil vimos tantos adolescentes criminosos como em nossos dias. Hoje, quem pode tirar sangue, espancar, estuprar e matar sãos os menores criminosos. Eles podem fazem isso quando e como quiserem, com a única condição de que seja antes de 18 anos, para que gozem os benefícios da impunidade legal.

Penso que deve haver um equilibro. O Estado precisa parar de ser omisso e parar de praticar a impunidade diante de crimes cometidos por menores de 18 anos. Os pais precisam parar de ser omissos e desde cedo estabelecer limites de comportamento para os filhos, reforçando tais limites, quando necessário, com o uso da vara corretiva, conforme ensina a Bíblia.

Quanto aos CTs e a coibição de práticas criminosas, um Estado moralmente desorientado ou malicioso conduzirá os CT para qualquer direção ideológica que lhe convir. É totalmente certo o CT, como órgão estatal, intervir em condutas violentas persistente dos pais. Mas é moralmente certo o CT tratar no mesmo nível casais (cristãos ou não) que disciplinam fisicamente os filhos?

Além disso, há um problema muito importante. O governo federal vem pressionando fortemente para que a “homofobia” seja criminalizada. “Homofobia”, na visão estatal atual, é toda opinião moral, filosófica, médica ou religiosa contra a homossexualidade. Quando o governo conseguir criminalizar toda oposição à agenda gay, os CTs ficarão atentos para apanhar em sua rede totalitária todo pai ou mãe que “induzir” os filhos à “homofobia”, isto é, o simples fato de os pais darem orientação de alerta contra a conduta homossexual será considerado “crime de homofobia”.

A educação escolar em casa e o uso da vara corretiva sempre foram componentes da liberdade e autoridades dos pais, porém o Estado moderno está conseguindo forçá-los à categoria de “crimes”. Assim é com a questão da liberdade de os pais se esforçarem para impedir que seus filhos entrem no homossexualismo. Esses esforços também poderão ser redefinidos como “crimes”. Caberá aos CTs a responsabilidade de receber denúncias contra pais por cada um desses “crimes” e julgá-los conforme os melhores interesses… do Estado!

Por isso, pais cristãos que cometem qualquer um desses “crimes” correrão o risco de perder a guarda dos filhos, que poderão ser entregues a “casais” homossexuais.

Além disso, é meta do governo abolir todo tipo de disciplina física. Você disse: “A Bíblia respalda o uso da vara da correção”. Você está corretíssimo. Mas você sabia que o atual Estado sob possessão socialista não dá valor algum para esse respaldo bíblico? O Estado não quer nenhum meio-termo. Tudo o que ele quer é banir de uma vez por todas. Aliás, o governo já começou campanhas para abolir o direito de os pais disciplinarem os filhos. Veja aqui: http://juliosevero.blogspot.com/2007/06/campanha-do-governo-lula-bater-em-pais.html

Para o Estado, você não precisa espancar brutalmente um filho para cair na categoria de criminoso. Basta que você simplesmente faça, conforme você mesmo disse, o que a Bíblia respalda.

Mesmo assim, as famílias cristãs não podem, por puro capricho estatal, renunciar ao direito de disciplinar os filhos, sob pena de sofrerem graves conseqüências. Veja aqui: http://juliosevero.blogspot.com/2006/01/quando-um-pai-no-disciplina-o-prprio.html

As igrejas precisam acordar para os perigos dos CTs antes que seja tarde demais.

PERGUNTA: Até que ponto a surra não é uma forma de agressão contra a criança?

Julio Severo responde: A surra não pode ser comparada com agressão quando aplicada com vara em situações em que a criança, depois de receber um aviso claro, insiste em violar uma ordem dada pelo pai ou pela mãe. A surra deve ser prudentemente proporcional à desobediência.

Eliminar as surras justas por causa da existência de casos de agressões seria como eliminar todas as leis só porque algumas leis injustas apóiam o aborto e o homossexualismo. O exagero e perversão de algumas leis não deve ser usado como desculpa para exterminar todas as leis. Será que devemos eliminar o Estado só porque há ministros corruptos, ou o próprio presidente é corrupto? Tenho certeza de que o governo não aceitaria esse argumento. Portanto, as famílias também não deveriam engolir o argumento falso de que por causa da violência contra as crianças todas as surras devem ser eliminadas.

PERGUNTA: Você poderia fornecer exemplos de que o CT está fazendo um péssimo trabalho?

Julio Severo responde: Conheço pessoalmente um pastor evangélico que foi convocado a comparecer diante do CT porque usou disciplina física moderada num menor. Dois outros pastores, ao disciplinar os filhos moderadamente, foram por eles ameaçados de denúncia ao CT. Ao serem questionados por seus pais, os filhos responderam que foram ensinados na escola a denunciar toda disciplina física. Outro caso envolve uma família evangélica que foi convocada a comparecer diante do CT. O “crime” deles? Não vacinar os filhos, por motivos éticos. Essa família entendia que, sendo a maioria das vacinas infantis fabricadas com linhas de células fetais (de bebês abortados) era moralmente errado usá-las. Além disso, conforme essa família descobriu, os países avançados dão liberdade para os pais decidirem livremente na questão de vacinas. Contudo, o CT declarou para esse casal cristão: “Vocês podem decidir o que quiserem sobre a saúde e educação de seus filhos, mas a decisão final é do Estado!” Cada um desses exemplos mostra um ataque direto à autoridade dos pais e também um ataque direto à Palavra de Deus, que instrui que os pais têm direito prioritário de dirigir e decidir questões de saúde, educação e disciplina dos filhos.

Por outro lado, o mesmo Estado que não consegue punir devidamente o crime, permitindo o vergonhoso placar de 50 mil brasileiros assassinados por ano, impõe que assassinos ou estupradores menores de 18 anos não sejam tratados como assassinos ou estupradores. Eles são apenas internados numa instituição de reabilitação, até os 18 ou 21 anos, depois saindo dali com ficha limpa.

Se os CTs realmente se preocupassem com crianças, nós os veríamos sem tempo de se ocuparem com famílias cristãs que educam os filhos em casa, mas totalmente ocupados em resgatar e proteger os milhares de meninas prostitutas soltas por aí. Não veríamos também famílias saudáveis sendo violentadas por intromissões dos CTs em decisões internas de cada família. Pelo contrário, veríamos os CTs protegendo as crianças de políticas insanas que querem entregar em adoção meninos e meninas a “casais” gays. Veríamos os CTs lutando contra toda promoção do aborto, pois o aborto é a maior e mais violenta agressão às crianças. Por pura tragédia, essas duas agressões (adoção por homossexuais e aborto) têm a aprovação exatamente do governo, que exerce controle e sustenta os CTs. O que podemos esperar dos CTs?

É bom e louvável que os CTs ajam com pais irresponsáveis e violentos, mas é injusto que, por falta de padrão moral, os CTs acabem prejudicando muitos pais inocentes. Sou muito procurado por pais que sofrem grandes traumas com os CTs. São pais que são legalmente castigados pelos CTs porque educam os filhos em casa, ou não vacinam os filhos, etc. Em cada uma dessas situações, os CTs estão tratando como criminosas famílias que não cometeram crime algum. Os CTs estão interferindo em decisões particulares dos casais, como se os CTs e seus membros fossem moralmente ou espiritualmente superiores aos pais.

Todas as famílias inocentes que vão parar nos CTs terminam traumatizadas, sendo violentadas em seus direitos mais fundamentais.

Por outro lado, não é raro ver em cidades grandes menores de 18 anos se prostituindo. No começo de 2009, eu e minha esposa vimos, em plena cidade de São Paulo, uma menina de uns dez anos pedindo esmola às 23h! Onde estão os CTs para coibir isso? Sendo um órgão estatal, o CT age como o próprio Estado vem agindo: não castiga os culpados, porém pune os inocentes. É claro que há exceções à regra, mas a realidade é terrivelmente cruel.

Quando os culpados não são castigados, os inocentes acabam sendo injustiçados.

Mesmo que os CT estivessem hoje desempenhando um papel responsável e justo, jamais poderemos nos esquecer de que sua criação está intimamente ligada à agenda do governo mundial da ONU para as famílias.

O Dr. Michael Farris, especialista cristão em educação infantil, alerta os cristãos do mundo inteiro sobre o que acontecerá quando for totalmente implementada a Convenção dos Direitos da Criança (CDC) da ONU:

* Os pais não mais poderão administrar disciplina física em seus filhos.

* Um assassino de 17 anos, 11 meses e 29 dias no momento do seu crime não mais poderá ser sentenciado à prisão perpétua.

* As crianças terão o direito de escolher sua própria religião e a única autoridade dos pais será aconselhar seus filhos sobre religião.

* O princípio dos melhores interesses da criança dará ao governo a autoridade de prevalecer sobre toda decisão feita pelos pais se um funcionário do governo discordar da decisão dos pais.

* O “direito de a criança ser ouvida” permitirá que um funcionário do governo busque avaliação governamental para todas as decisões dos pais com as quais a criança discordar.

* As crianças adquirirão um direito ao lazer que será implementado com a força da lei [se a criança quiser assistir a um filme no cinema do qual os pais discordem, a lei prevalecerá sobre a vontade dos pais].

* Ensinar crianças sobre o Cristianismo nas escolas é considerado violação às normas da CDC.

* Permitir que pais removam seus filhos de aulas de educação sexual é considerado violação às normas da CDC.

* Crianças terão o direito a informações e serviços de saúde reprodutiva, inclusive abortos, sem o conhecimento ou consentimento dos pais.

Infelizmente, algumas dessas ameaças já são realidade no Brasil, porque o governo brasileiro assinou a CDC em 1989. A CDC, que é a base do ECA, já está ativamente implementando a agenda da ONU para as famílias do Brasil.

Portanto, precisamos seriamente questionar a existência, necessidade e riscos dos CTs.

Fonte: www.juliosevero.com


"O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga." (Provérbios 13 : 24)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Construtivismo na Escola + Desmantelamento da Família = DESASTRE DA EDUCAÇÃO


“Não ponho meus filhos na escola” – Entrevista de Luiz Carlos Faria da Silva

FONTE: http://www.escolasempartido.org/?id=38,1,article,2,237,sid,1,ch

Ex-frade dominicano, pedagogo, filósofo, professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), mestre e doutor em Educação, o carioca Luiz Carlos Faria da Silva, 51 anos, está disposto a entrar na Justiça para ter o direito de educar os filhos em casa, de 10 e 8 anos. Convencido de que a degeneração 'absoluta, completa e irrestrita da família' e a reforma educacional fundamentada nas correntes pedagógicas construtivistas de Jean Piaget e Vigostki, que passaram a orientar o sistema educacional brasileiro a partir da década de 80, são as principais responsáveis pela queda no desempenho escolar e cognitivo dos alunos, Silva quer educar os filhos longe da escola, pelo menos até a sétima série do ensino fundamental. Eles já não freqüentam a escola desde o início do segundo semestre deste ano.

Na tarde de quinta-feira, em seu apartamento próximo à UEM, acompanhado pela esposa, também pedagoga, enquanto os filhos brincavam no quarto com uma amiguinha, Silva expôs com detalhes as razões que fundamentam sua decisão na seguinte entrevista, demonstrando calma e tranqüilidade se tiver de enfrentar a Justiça. 'Qual juiz vai ter a coragem de dizer que eu não posso educar meus filhos em casa se eu apresentar todos os argumentos?'

Falar em respeito com uma criança hoje é a mesma coisa que falar em chinês com um alemão que nunca ouviu uma palavra em chinês. Elas não compreendem.

Eu pago para a escola ensinar e tenho que corrigir em casa o que a escola faz errado. E não adianta mudar. A mudança só seleciona o grupo social com qual seu filho vai se relacionar.

O Diário - Por que você decidiu educcar seus filhos em casa?

Luiz Carlos Faria da Silva - Estou na educação há muito tempo e uma coisa que chama a minha atenção é a queda no desempenho escolar e cognitivo dos alunos, sobretudo do universitário. É assustador. Se você entra hoje em qualquer faculdade e faz perguntas sobre a história do Brasil, sobre os acontecimentos políticos da história do Brasil, literatura, ciências, política ou economia, ninguém sabe nada.

O que ocorreu?

Parece que é óbvio. Deve-se estudar menos e deve-se aprender menos.

Tem a ver com a qualidade com o que se investe na formação de professores, na condição que se dá para o ensino?

Nenhuma dessas hipótestes. Eu vejo que estamos colhendo o resultado de 25 anos de reforma educacional implantada pós-redemocratização do País. Parecia que o remédio para todas as áreas, educação e saúde principalmente, era a democratização. No início dos anos 80, políticos de esquerda ou em aliança com a esquerda foram eleitos governadores de Estados importantes, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Ocorreu que as áreas sociais do governo ficaram, senão sob o controle, sob a hegemonia do pensamento de esquerda. Dali para cá, uma certa concepção de educação se espalhou e se aprofundou no Brasil. No meu entender, nós estamos colhendo os frutos dessa reforma educacional.

E o quê na sua opinião foi equivocado?

(...) Os fatos mostram que, além de equivocada, é errada mesmo. É claro que a maioria dos meus pares não compartilha com esse diagnóstico que faço, porque eles ainda, de alguma maneira, continuam olhando o processo educacional a partir das mesmas referências ou próximas àquelas usadas para pensar a educação naquela época.

Podemos comparar a educação antes de 1980 e depois?

Não sou daqueles que diz a educação era muito melhor, hoje é pior. Não sei se é muito pior, não, ela é diferente. Agora, ela produz menos resultados. No que ela piorou foi porque, a partir dos anos 80, começamos a contar com um instrumento de disseminação de idéias nefastas muito mais forte do que antes. E essas idéias já estavam presentes desde o início do século 20.

E quais são essas idéias?

As pessoas esquecem que a escola trabalha com determinada matéria-prima. Se o aluno chega completamente desestruturado, com maus hábitos, o trabalho que a escola pode fazer é A. Se o aluno chega com referência, contido, com uma certa percepção do que pode fazer, o trabalho da escola é B. Há 40 anos, a matéria-prima era outra. Houve uma degeneração absoluta, extensiva e completa da família. Hoje em dia, os pais têm medo e vergonha de mandarem nos filhos. Por outro lado, os filhos não olham mais para os pais como alguém a quem eles devessem alguma satisfação.

E respeito.

Falar em respeito com uma criança hoje é a mesma coisa que tentar falar em chinês com um alemão que nunca ouviu uma palavra em chinês. Eles não compreendem. Entendem as palavras, mas não a representação de mundo. E aí, tem duas coisas: esse processo acelerado de destruição da base do comportamento social, que está na relação cotidiana com os progenitores, e o tipo de interferência que algumas idéias tiveram na organização educacional brasileira. Sobretudo a concepção construtivista do aprendizado, que pode ter uma versão baseada na psicologia genética do Jean Piaget ou baseada no sócio-interacionismo do Vigotski.

Esses autores são muito utilizados.

Eles não são muito utilizados. Eles são absoluta e completamente hegemônicos no Brasil. Existe uma ditadura, um pensamento único pedagógico no País. A Constituição Federal diz que um dos princípios da educação brasileira é a pluralidade de concepções pedagógicas. Isso não existe. Eu desafio você a colocar seu filho em uma escola que não seja construtivista.

O que o construtivismo prega?

Não se sabe. Ninguém sabe. Faça essa pergunta a dez educadores construtivistas. Cada um vai dar uma resposta diferente. É difícil lidar com uma corrente pedagógica que ninguém sabe o que é.

O Diário - E por que ela vingou tanto?

Porque ela é simpática, é de acordo com o espírito do tempo. E este é o espírito da emancipação. Da mulher, da criança, no trabalho. Como se fosse possível ser emancipado sempre, todo o tempo e em todas as circunstâncias. A vida não é assim. Eu também professei essas idéias, mas passei a desconfiar que essa teoria não funcionava. Tivemos filhos e combinamos de não colocar as crianças na escola antes dos sete anos.

Eles chegaram a ir para a escola?

Sim, aos sete tiveram que ir. E foram sabendo ler, escrever e contar. Passaram um ano na escola e aí começou o problema. Eu pago para a escola ensinar e tenho de corrigir em casa o que a escola faz errado. E não adianta mudar de escola. A mudança só seleciona o grupo social com o qual seu filho vai se relacionar ou a faixa de gasto que você vai ter. A qualidade do ensino não muda.

E como está a qualidade?

O sistema de avaliação da educação básica diz que uma criança que passa quatro anos na escola tem que ter pelo menos 250 pontos na quarta série. Sabe qual é a média das escolas privadas no Paraná? 220. Os pais não sabem disso. A média das escolas estaduais é 30 pontos abaixo, das escolas municipais, 60 pontos abaixo. Mas isso não significa que a escola privada seja boa. Quer dizer, do ponto de vista instrucional, que a escola deixa a desejar. E do ponto de vista educacional, a escola quer fazer a cabeça do meu filho contra as minhas concepções morais.

De que forma?

Vem a professora - que não tem culpa, porque aprende isso na universidade - e conta a fábula da cigarra e da formiga. Ora, a fábula foi montada para dar uma lição. Aí a professora manda fazer uma releitura - olha aí o emancipacionismo -, e a criança vem para casa dizendo que ser cigarra também é legal. E a criança começa a ser discriminada tacitamente, porque tem família, porque respeita o professor, porque não faz bagunça, porque tira boa nota. Porque hoje o padrão é o vagabundo. Então, está tudo invertido.

Por isso você os tirou da escola?

Tirei porque o estado brasileiro me informa oficialmente, por intermédio do sistema de avaliação da educação básica, que a probabilidade do meu filho chegar à 4º série com desempenho inferior ao mínimo desejado ou necessário é muito alta, independentemente dele estudar em ma escola da rede municipal, estadual ou privada.

Eles ficaram quanto tempo?

O menino ficou dois anos, a menina um ano e meio. Tirei porque não dava mais. Não quero que a escola eduque meus filhos. Quero que a escola instrua. Quando os tirei, o poder público veio em cima de mim, pressionando para colocá-los de volta. Minha esposa relutou um pouco, mas acabamos colocando em uma escola pública. Já que a gente teria de ensinar em casa, ia pagar para quê? Eles ficaram dez dias na escola.

Como está a situação?

Pedi à escola que eles só fossem fazer as provas. A escola consultou o Núcleo e a resposta foi negativa. Recorri da decisão à Secretaria Estadual de Educação, que também disse não. Estamos recorrendo novamente e estou disposto a ir à Justiça para garantir o direito que eu e minha esposa temos, como pai e mãe, de educar os nossos filhos como nós queremos. Em alguns países isso é comum.

E se você perder o recurso?

Não vou colocá-los na escola. Qual é o juiz que vai ter a coragem de dizer que não posso educar meus filhos em casa se eu apresentar todos os argumentos?
-
-
-

Salmos 144:11-15
11 Livra-me, e tira-me das mãos dos filhos estranhos, cuja boca fala vaidade, e a sua mão direita é a destra de iniqüidade,
12 Para que nossos filhos sejam como plantas crescidas na sua mocidade; para que as nossas filhas sejam como pedras de esquina lavradas à moda de palácio;
13 Para que as nossas dispensas se encham de todo provimento; para que os nossos rebanhos produzam a milhares e a dezenas de milhares nas nossas ruas.
14 Para que os nossos bois sejam fortes para o trabalho; para que não haja nem assaltos, nem saídas, nem gritos nas nossas ruas.
15 Bem-aventurado o povo ao qual assim acontece; bem-aventurado é o povo cujo Deus é o SENHOR.


Introdução à Educação Clássica - Fritz Hinchris


-

A educação cristã tornou-se algo parecido com uma ciência perdida. Os cristãos não só têm feito muito pouco para preparar seus filhos para que tenham intelectos piedosos (centrados em Deus), mas a incompetência intelectal tem sido vista como a fiel companheira da vida espiritual. Tem-se encarado um cérebro preguiçoso como uma ferramenta vital para se ter um coração manso. Em nossos dias a busca do rigor mental e do intelecto vigoroso tem sido associadas à rigidez doutrinária e frieza espiritual.

Mas, pela graça de Deus, com o crescente interesse pela educação clássica, estamos vivendo um avivamento da tradição intelectual cristã.

-

-

-

QUE É A EDUCAÇÃO CLÁSSICA?

-

A educação clássica difere da maioria das filosofias educativas no fato de que, retirando-se de entre a fileira de teorias educativas que parecem nos manter em um estado de contínuo desconcerto, pergunta:

-

“Com que se parecia a educação no passado?”

-

“Que livros se usavam?”

-

“Que metas eram consideradas importantes?”

-

Dorothy Sayers, em seu bem conhecido ensaio As Ferramentas Perdidas da Aprendizagem, tentou responder a estas perguntas, e ao fazê-lo nos deu alguns sábios conselhos para a educação em nossa própria época. Ela começa investigando o modelo medieval de educação e nos conta que ele se compunha de duas partes: a primeira era chamada de Trivium, e a segunda de Quadrivium.

-

-

O Trivium continha três áreas: Gramática, Dialética e Retórica. Cada uma dessas áreas se achava especificamente ajustada a uma das etapas do desenvolvimento mental da criança.

-

-

-

O Período Gramatical. Durante seus primeiros anos, a criança estuda a porção gramatical do Trivium. O período gramatical (de 9 a 11 anos) inclui a aprendizagem de um idioma — preferivelmente um idioma antigo, como o Latim ou o Grego — isto irá requerer que a criança passe uma boa quantidade de tempo aprendendo e memorizando sua estrutura gramatical.

Durante seus primeiros anos, as crianças possuem uma enorme habilidade natural para memorização de grandes quantidades de conteúdo, ainda que não possam entender seu significado. Este é o momento para encher-lhes de tarefas, tais como as tábuas de multiplicação, geografia, acontecimentos, datas, classificação de plantas e animais: qualquer coisa que sirva para a fácil repetição e assimilação mental.

-

-

-

O Período Dialético. Durante o segundo período, o período Dialético (de 12 a 14 anos), a criança começa a entender o que aprendeu e começa a usar sua própria razão para fazer perguntas baseadas nas informações que reuniu durante o período gramatical.

-

-

-

O Perído Retórico. A Srª. Sayers menciona que o terceiro período é o da Retórica (de 14 a 16 anos). Durante esse período a criança passa da mera ação de seguir a sequência lógica dos argumentos para aprender a como apresentá-los de maneira persuasiva, esteticamente agradável.

-

-

-

APRENDENDO A APRENDER

-

Na educação moderna temos posto o proverbial carro na frente dos bois ao esperar que os estudantes dominem uma grande quantidade de matérias antes que tenham dominado as ferramentas da aprendizagem. Mesmo quando o estudo do idioma e da lógica possam parecer algo tedioso em si mesmo, essas são as ferramentas de que se necessita para desenvolver-se, para ser capaz de assumir a tarefa de dominar qualquer conteúdo específico, seja a história política escocesa ou o funcionamento de um carburador.

-

Sayers finaliza seu ensaio com esta linha: “O único fim legítimo da educação é simplesmente este: ensinar os homens a como aprenderem por si mesmos; e qualquer ensino que falhe em fazer isto é esforço vão.”

"APRENDENDO A APRENDER POR SI MESMO” certamente resume bem a meta pedagógica da educação clássica. Mas, tão logo você possa aprender por si mesmo, para onde irá?

[A resposta medieval era o Quadrivium: desenvolver o aluno em quatro disciplinas: aritmética, geometria, música e astronomia. No período posterior trabalhava-se a teologia, considerada a mais importante das disciplinas. ] (1)

-

-

-

GRANDES LIVROS DO MUNDO OCIDENTAL

-

Outro refrão educacional útil aqui é: “A educação é meramente convencer alguém da grandeza dos livros”. Nesse sentido devemos perguntar:

“Que livros são mestres dignos?”

A resposta a essa pergunta geralmente depende do que estamos tentando aprender. Se não entrarmos nesse específico e perguntarmos apenas: “Quais são os livros realmente grandes?” veremos que, de fato, há um acordo bastante amplo sobre a resposta a esta pergunta. Através da história certos livros geralmente têm sido vistos como cruciais para o desenvolvimento da cultura ocidental, e têm tido um impacto exepcionalmente grande devido à profundidade e eloquência com as quais expressam suas idéias.

Estes livros formam o coração da tradição intelectual ocidental. As idéias contidas neles formaram a saga que conhecemos como História Ocidental. Quem cresceu no ocidente — e com “ocidente” quero me referir à Grécia, Roma e Israel, e às culturas que delas descendem, o que inclui a América, a Comunidade das Nações Britânicas e a Europa Ocidental — e deseja entender o contexto no qual se formou, deve ler tais livros.

-

-

Com o propósito de chegar a um entendimento auto-consciente das idéias que deram forma à cultura ao nosso redor, necessitamos tratar com as idéias em sua fonte original. Francis Schaeffer tinha um excelente sentido do fluir das idéias. Ele explicava como as idéias começavam com os filósofos, se disseminavam para as pessoas em geral por meio das universidades, chegavam aos meios populares de informação, e finalmente à cultura em geral. Uma vez que as idéias progridem dessa forma, cabe a nós nos familiarizarmos com as idéias em sua fonte, para que possamos entender suas manifestações em nossa cultura atual. Desta maneira, ler os grandes livros serve como uma importante função apologética para os cristãos; os livros nos permitem lidar com as idéias que deram forma ao pensamento daqueles que se encontram à nossa volta. Antes que possamos ministrar como evangelistas, devemos saber no que nosso próximo já crê.

-

-

Vivemos no contínuo da história ocidental. Para avaliar esta corrente da qual somos parte, devemos dar um passo atrás, afastando-nos assim um pouco dela para discernir as idéias que lhe deram forma. Ignorar as idéias que deram forma à nossa história cultural é assegurar para nós mesmos não somente a irrelevância cultural mas também nosso estancamento no gueto cristão. Esta posição não só nos guiará à nossa própria pobreza intelectual mas, essa nossa covardia, será também um vexame para o Deus soberano. Os filhos do Rei não se escondem, mas, pelo contrário, caminham confiantemente, sabendo que o sol que brilha pertence ao seu Pai.

-

-

-

Tradução: Márcio Santana Sobrinho

Copyright © Home Life. 1993-2002.

Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)

www.monergismo.com

(1) Comentário do editor.


Provérbios 2:1-6

1 FILHO meu, se aceitares as minhas palavras, e esconderes contigo os meus mandamentos,
2 Para fazeres o teu ouvido atento à sabedoria; e inclinares o teu coração ao entendimento;
3 Se clamares por conhecimento, e por inteligência alçares a tua voz,
4 Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares,
5 Então entenderás o temor do SENHOR, e acharás o conhecimento de Deus.
6 Porque o SENHOR dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Todo mundo tem uma religião - Robert Thoburn




Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto (1)

Quando Paulo chegou à Atenas, deparou-se com filósofos epicureus e estóicos. Na visão deles, Paulo cria em “deuses estranhos”. Paulo notou as “devoções” desses filósofos gregos pagãos. Ele também comentou sobre o altar deles, que tinha a inscrição “AO DEUS DESCONHECIDO”. Ele se referiu a eles como sendo “muito religiosos” (Atos 17:22, NVI).

O que Paulo diria sobre os filósofos da escola pública de hoje? Penso que os consideraria muito religiosos, também. O problema com o mundo hoje não é uma falta de religião. O problema é o tipo errado de religião.

As pessoas são religiosas por natureza. Elas adoram alguém ou algo.

Elas têm uma fé. As escolas públicas não estão destituídas de religião. São muito religiosas! São baseadas sobre uma falsa religião. Essa religião é o humanismo secular. É a adoração do homem.

Um estudo de John Dewey revelará que a democracia era a sua religião.

Democracia é “o governo pelo povo”. Essa é uma forma de humanismo.

Dewey queria que as escolas públicas cressem no que é comum aos homens e à sociedade. Qualquer coisa que traga diferenças deve ser eliminada. O Cristianismo teve que sair porque traz divisão.

O humanismo secular resulta numa religião do mínimo denominador comum. Leva a uma nivelação do homem. A nivelação é realizada por constantemente abaixar os padrões, quer sejam eles religiosos, morais ou acadêmicos. O filósofo cristão Cornelius Van Til chamou isso de “integração para o vazio”.

Há abundância de evidência para mostrar que as escolas públicas são religiosas. R. J. Rushdoony, em seu estudo acadêmico The Messianic Character of American Education (1963), traça a filosofia educacional desde Horace Mann(2) até o presente. Como Rushdoony observa, os vários gurus da educação pública americana usam constantemente terminologia religiosa ao descrever os seus objetivos. Eles falam de salvar o homem. O professor do Estado preparando escolas é até mesmo chamado de “a vinda do Senhor”.

A evolução substituiu a criação como explicação para a origem da vida sobre a Terra. O Estado, como a mais poderosa instituição humana, se torna o deus evoluído das escolas públicas. Escolas são financiadas pelo Estado humanista e “neutro”; elas, portanto, servem às necessidades do Estado. As crianças são ensinadas a servir ao Estado. O Estado deve planejar e controlar o futuro. O Estado se torna a autoridade final e a fonte da lei. Como Rushdoony diz, seja qual for a fonte da lei numa sociedade, esse é o seu deus.

O humanismo secular se tornou a nova religião estabelecida nos Estados Unidos, e as escolas públicas se tornaram a igreja estabelecida. Os impostos são usados para sustentar essa igreja estabelecida. Os professores se tornaram os sacerdotes e sacerdotisas dessa nova igreja. Até mesmo a beca preta, associada a sacerdotes e juízes, têm sido apropriada pelas escolas para simbolizar suas reivindicações, embora vistam apenas no dia da graduação ou em ocasiões especiais.

-

-

-

Fonte: The Children Trap: The Biblical Blueprint for Education,

Robert L. Thoburn, Dominion Press, pg. 81-82.

1 E-mail para contato: felipe@monergismo.com. Traduzido em outubro/2007.

2 “Horace Mann (1796-1859) foi um estadunidense educador e abolucionista”. (Nota do tradutor)

Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)

www.monergismo.com

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Estado laico não significa Estado ateu, nem Estado anti-religioso.

Em vermelho, o símbolo religioso no dia da promulgação da Constituição Federal de 1988.
Ninguém que não fosse um vampiro se incomodaria com isso.
Naquela época não tínhamos tantos (ch)ateístas desocupados
.

-

-

-

Os hipócritas ateístas, que são perdidos e depravados, servos voluntários do Diabo, continuando na sua insana rebeldia a Deus, não só blasfemam publicamente do Senhor, como querem apagá-lo das vistas do povo brasileiro.

Não contentes em reprimirem e pateticamente negarem o seu próprio conhecimento inato de Deus, que todos os homens inquestionavelmente têm pelas obras da Criação e pela consciência dos pecados (1), querem apagar este conhecimento nos outros, inconvenientemente proibindo a manifestação pública da religião da parcela dos brasileiros que ainda mantém um mínimo de integridade humana, mesmo em face da lavagem cerebral do humanismo irracional, bestializante e decadente que lhes é imposto.

-

-

-

Mas a providência de Deus nos legou uma arma em nossa própria Constituição Federal, em que o Senhor, cumprindo Seu eterno e soberano propósito de glorificar Seu santo nome, fez com que os constituintes de 1988 incluíssem uma invocação a Deus no preâmbulo aprovado:

-

-

"Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte, para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil".(2)

-

-

-

A esta lembrança, muitos argumentarão sobre uma relativa irrelevância legal do texto do preâmbulo. Mas este argumento está longe de ter uma base segura, pois em contrário dele temos que:

O Preâmbulo, segundo Peter Häberle (El Estado constitucional, Cidade do México: UNAM, pp. 274-285), é uma "profissão de fé" de uma verdadeira "religião civil" da comunidade política, cujo conteúdo revela as posturas valorativas, os altos ideais, convicções, motivos, em suma, a imagem refletida do próprio legislador constituinte.(...)

Luiz Pinto Ferreira (Curso de Direito Constitucional, São Paulo: Saraiva, 1999, p. 71) informa a raiz latina da expressão preâmbulo moldada da conexão de dois elementos, o prefixo "pre" (antes, sobre) e o verbo "ambulare" (passear, andar, caminhar, marchar). Esse referido autor acolhe a tese de que o Preâmbulo é parte integrante do texto constitucional e tem o mesmo valor que a Constituição, estando acima das normas infraconstitucionais, pois revela a intenção do legislador constituinte originário.(3)

Os leitores versados em Direito saberão citar os autores contrários às posições acima, e estes podem ser encontrados até mesmo no texto de onde eu tirei essas citações. Mas o propósito delas aqui se cumpre, que é provar que a irrelevância da menção de Deus num preâmbulo de Constituição Federal não é consenso entre os peritos na matéria.

Ao dizerem-se "sob a proteção de Deus", os constituintes consideraram-se objetos da uma ação divina durante a composição e aprovação da Constituição de 1988, mas isso não significa que eles afirmaram qualquer religião ou instituição religiosa específica. O que eles afirmaram foi que Deus protegeu a elaboração da Constituição.

Por outro lado, ainda que a Constituição não nomeie uma religião específica, quando o Estado brasileiro afirma ter sido protegido por Deus está afirmando muita coisa: está pressupondo que Deus existe, que Deus é onipotente, onisciente, onipresente, que atuou nas circunstâncias históricas, na elaboração da Constituição e nas ações dos deputados constituintes e de todos em volta deles. O sentido geral é que foi pela permissão ou com a ajuda de Deus que a nação pôde, representada por seus constituintes, elaborar e promulgar estas leis. A Assembléia não foi dissolvida, conseguiu cumprir seu intento, e isso não é pouca coisa. Sentia-se à época um adendo de alegria e agradecimento pela inauguração de uma nova fase da história do povo brasileiro, na retomada da gestão democrática.

-

-

-

Tendo em vista estes fatos, cabe perguntar: o que exatamente podem reivindicar esses boçais iconoclastas modernos, contra as manifestações religiosas?

Pois se o Estado brasileiro afirma a existência de Deus em sua Carta Magna, o que é inconstitucional é o OPOR-SE a manifestações religiosas nas repartições publicas. As religiões, ou crenças em Deus, é que devem ser protegidas dessa estúpida e gratuita repressão anti-religiosa, tal como preza a Constituição, em caráter inquestionavelmente mandatório:

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;(CF art 5o inc VI e VII).(4)

Já na Declaração Universal dos Direitos Humanos, temos que:

Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a LIBERDADE DE MANIFESTAR ESTA RELIGIÃO OU CRENÇA, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. (5)


O Estado brasileiro ser laico significa apenas que este não favorece nem reprime nenhuma religião ou crença.


Porém o que os propugnadores da eliminação de símbolos religiosos fazem é justamente o que é proibido pela Constituição Brasileira e odioso à Declaração Universal dos Direitos Humanos: reprimem determinada manifestação religiosa para impor a toda a sociedade os pressupostos desumanizantes da minoria ateísta.

Portanto eles é que contradizem a laicidade e o pluralismo do Estado brasileiro, ao reprimir a religiosidade dos brasileiros.

-

-

-

Não podemos baixar a cabeça. Ceder aqui é abrir precedente para mais insanidades destes desocupados no futuro. Mas o que eles farão depois?

Mudarão os nomes dos estados de São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina, e de milhares de cidades, bairros e ruas?

Revogarão a maioria dos nossos feriados?

Derrubarão a estátua do Cristo Redentor?

-

-

E que ninguém pense que eles não sejam capazes disto, pois recentemente o jegue venezuelano Hugo Chávez, impondo seu podre marxismo anacrônico a todo o seu país, mudou o nome da maior queda d'água do mundo, a "Salto d'Angel", para o antigo nome indígena, apagando a referência que a palavra 'anjo' faz às crenças cristãs, as quais ele, como todos os socialistas, odeiam e querem exterminar , para que encontrem menos resistência às propostas imorais do projeto socialista.

-

-

-

A banho-maria, os vermelhos estão nos cozinhando.

Nas escolas públicas, eles têm impedido a celebração, e até a mera referência, da Páscoa, das festas juninas, do Natal, e de qualquer coisa que lembre o Cristianismo, nos últimos anos.

Hoje querem tirar os crucifixos, e amanhã mais o quê? Queimar bíblias? Demolir templos?

A raiz da existência de um descanso semanal em nossa sociedade é a ordem bíblica. Vamos então voltar ao paganismo de trabalhar todos os dias até a exaustão e morte? Se não, onde fica a coerência dos anti-religiosos?

-

-

-

Ainda que não seja função dos órgãos públicos fazer pregação religiosa, como alguém justificará essa exagerada repressão às legítimas manifestações religiosas do nosso povo, do qual 90% se declaram cristãos? (6)

A religião é expressão cultural indissociável de um povo, negá-la e sufocá-la é dar uma facada no coração dos brasileiros.

O humanista, materialista, relativista ou marxista que queira questionar o uso do dinheiro público para qualquer reconhecimento da validade religiosa, precisa antes justificar porque a sua cosmovisão poderia meramente candidatar-se a ser o nosso padrão julgador, se tal cosmovisão contradiz a crença em Deus afirmada no preâmbulo da nossa Constituição. E eles nem têm alguma cosmovisão coerente para serem capazes de formular algum juízo de valor! (7)


Num estado democrático as decisões são homologadas pela maioria. Sendo os professantes do Cristianismo, tanto católicos quanto evangélicos, uma esmagadora maioria (mais de 90% da população), bem que poderiam despertar do seu sono individualista, e manifestarem publicamente como querem que sua religião seja tratada, inclusive qual o espaço dela na educação pública de seus filhos.

Aliás, se a maior parte do dinheiro dos impostos vem de bolsos cristãos, aqueles exparsos e excêntricos negadores de Deus é que deviam procurar algo mais socialmente relevante para reivindicar, enquanto se calam em respeito às constitucionais manifestações de fé dos que constroem este país, o qual foi fundado sob o nome de "Terra de Vera Cruz"!


Nem toda a retórica marxista-secular poderá apagar a verdade histórica.

O Cristianismo é o fundamento da civilização brasileira.

-

-

-

PS.: Justifico o uso intercambiável de "humanistas, socialistas, marxistas, secularistas, ateístas", etc., afirmando que são todos ratos do mesmo esgoto, por serem iguais nos fundamentos básicos: hedonistas, materialistas, anti-cristãos, cientificistas, pregadores de utopias, semeadores de genocídios, corruptores da juventude, sabotadores da civilização, imorais, anti-éticos, inimigos da liberdade e da propriedade. (8)

-

-

-

1 – Romanos 1:18-20 - Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;

Romanos 2:14,15 - Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;

2 - http://www.amperj.org.br/store/legislacao/constituicao/crfb.pdf. (ênfase acrescentada).

3 - http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=10823 (18/06/2010)

4 - http://www.amperj.org.br/store/legislacao/constituicao/crfb.pdf

5-http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm.

(ênfase acrescentada).

Vale lembrar que a emenda n. 45 (2004) atribui valor de emenda constitucional a todo tratado internacional sobre direitos humanos que o Brasil assinar.

6 -http://www.fgv.br/cps/religioes/Apresenta%C3%A7%C3%A3o/CPS.FGV-Retrato%20das%20religioes%20no%20Brasil-Apresentacao.pdf

A taxa exata é 90,11 % da população brasileira, segundo o IBGE (Censo de 2000).

7-Em //lucianoayan.wordpress.com/, //monergismo.com/ e www.monergismo.net.br/ temos vários textos destruindo as pretensões humanistas-marxistas-secularistas, e que provam o quanto eles são irracionais, incoerentes e mentirosos.

8 - Idem.


Texto de Marcos Lopes